de outra maneira

E se tudo acontecesse de outra maneira
Toscas mãos agora asas
Coração atrás dos olhos
A pele diáfana de azul

Digo mundo no primeiro choro
Peço licença para morrer

E se fosse paródia e não a física
Pedra largada a subir
Água partida no copo
Luz calcetada nos passeios

Digo incêndio que me arrefece
Escrevo enfim com chuva negra.

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